Sou intensa, quando saio do meu eu
absoluto e egoísta e lanço um olhar atento, ao meu redor, na busca harmoniosa
com o outro.
Sou intensa, quando não me
deixo abater em conformismos e me exponho ousada à luta.
Sou intensa, quando fico brava com as
injustiças e me impulsiono irascível para combatê-las.
Sou intensa, quando o meu fervor
se sobrepõe à minha descrença.
Sou intensa, quando sei que
posso minimizar a dor, recorrendo às minhas forças nascidas de um otimismo que
exercito.
Sou intensa, quando não nego os
meus medos e aciono a minha coragem.
Sou intensa, quando erro e
quando peço perdão.
Sou intensa, quando não retroajo
no meu determinismo e nas minhas convicções.
Sou intensa na minha humildade.
Sou intensa nos meus sonhos:
voo sempre bem alto e bem longe... Mas sou intensa quando pouso os meus
pés na realidade que me espera.
Sou intensa, quando tenho
que convencer o irredutível.
Sou intensa, quando derrotada e
vencida.
Sou intensa, quando comemoro uma
conquista, passeando minhas reflexões sobre as dificuldades em
alcançá-la.
Sou intensa, quando ferida e
intensa quando curada.
Sou intensa quando oro, quando
agradeço, quando faço escolhas, quando me entrego e
me doo com alma a alguém.
Sou intensa em tudo a que me
disponho, porque a superficialidade me afoga, é a profundidade que me
aconchega.