Neste
tempo do ecologicamente correto, onde privilegia-se o que não agride a
natureza, preservam-se qualidade de vida e o bem-estar da humanidade, como
seria bom que se cultivassem mais jardins: jardins em escolas, em praças
públicas, jardins nas calçadas, à beira-mar, enfim, jardins por toda parte...
Com
as construções a cada dia mais verticalizadas, nossas paisagens estão,
inevitavelmente, cinzas e nevoentas. As árvores, antes agasalhando espaços, frondosas, que floresciam coloridas na primavera, quase as podíamos alcançar
de nossas janelas, na infinitude dos prédios que apontam para o céu, desafiando a gravidade. Hoje, essas árvores não passam de arbustos encolhidos para não comprometerem as fiações
elétricas das grandes cidades. Respiramos pouco verde, e as flores já não nos
saúdam quando abrimos as nossas janelas: ou vemos outros edifícios ou nos
deparamos apenas com telhados de casas, que ainda resistem, espremidas entre
florestas de pedras, perfilando frias por ruas e avenidas.
Fico imaginando, se pessoas que moram em casas passassem a cultivar jardins nos seus telhados. Abriríamos as nossas janelas
para flores que nos sorririam, substituindo a paisagem de telhados
limosos e sem vida.
Jardim nos telhados nos pareceriam gigantescas cantoneiras a nos acionar todas as espécies de flores. Até pode ser uma ideia um tanto fantasiosa e inacessível ou inviável, tecnicamente, na opinião abalizada de algum engenheiro, arquiteto ou paisagista, alegando que jardim nos telhados pode comprometer as estruturas das casas, mas o idealista apenas lança sua ideia, sem se preocupar em adequá-la à realidade e, igual aos sonhadores, apenas investe em suas viagens fantásticas, talvez inverossímeis, avessas às formalidades, às convenções que ditam regras e padrões, simplesmente porque os sonhos não pedem permissão para se estabelecer... Até que, por fim, surja um calculista que, aliando sua racionalidade à sensibilidade que não o tenha abandonado, consiga combinar sonho e idealismo à realidade e transformá-los num projeto possível. Daí, o que parecia utópico fica ao alcance e acessível. E nós, os sonhadores e idealistas, deixaremos de ser olhados como visionários inúteis das vãs filosofias.
Jardim nos telhados nos pareceriam gigantescas cantoneiras a nos acionar todas as espécies de flores. Até pode ser uma ideia um tanto fantasiosa e inacessível ou inviável, tecnicamente, na opinião abalizada de algum engenheiro, arquiteto ou paisagista, alegando que jardim nos telhados pode comprometer as estruturas das casas, mas o idealista apenas lança sua ideia, sem se preocupar em adequá-la à realidade e, igual aos sonhadores, apenas investe em suas viagens fantásticas, talvez inverossímeis, avessas às formalidades, às convenções que ditam regras e padrões, simplesmente porque os sonhos não pedem permissão para se estabelecer... Até que, por fim, surja um calculista que, aliando sua racionalidade à sensibilidade que não o tenha abandonado, consiga combinar sonho e idealismo à realidade e transformá-los num projeto possível. Daí, o que parecia utópico fica ao alcance e acessível. E nós, os sonhadores e idealistas, deixaremos de ser olhados como visionários inúteis das vãs filosofias.
Que jardins possam ser plantados e cultivados nos telhados, tanto por pessoas sensíveis ou
sonhadoras quanto por aquelas que ainda queiram preservar a humanização das
paisagens, quando abrirem suas janelas de par em par...
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