O ano se aproxima do final e, inevitavelmente, o ser humano se dispõe a balanços interiores. Vai desfilando mês a mês, na memória, toda sua proposta eufórica empenhada para si mesmo. Uma aquisição aqui, outra ali... Comparando com o ano anterior, ele constata que até mesmo a agenda ainda está nova, e os compromissos programados lhe parecem iguais... A rotina, que se estabelece no passar dos dias, pela pressa de viver e cumprir o que se firmou, transforma todas as cores, espraiadas na calma, num cinza indefinido, fincado na ansiedade.
Vive-se pulando etapas, pois são tantas metas para atingir. Daí, a urgência mascara a apoteose alcançada, porque a plenitude reside na serenidade.
Catalogam-se aspirações, que não comportam no exíguo espaço do ser que tem pressa... No céu, mãos mágicas esculpem nuvens em esculturas fugazes, irrepetíveis e irreproduzidas, que os observadores sensíveis de um tempo, que já vai bem distante, já não podem admirar, sugados que foram pela correria do dia a dia. O mar, cúmplice nessa habilidade em extasiar visões, nesse contexto de arte natural, joga e recolhe suas águas, numa pintura infinita que se move e, assim, como as nuvens, é cada dia mais ignorado pelos que correm... Em nome de uma pressa incompreensível, desdenha-se a arte da natureza que nos cobre e nos cerca... Contabilizar o que se empenhou é tão fugidio como observar um caleidoscópio; tudo se mistura na sensação doída de quem não segurou a essência preestabelecida.
Doze meses se passaram e outros tantos já estão ao alcance da nossa teimosia em adiar possibilidades. E apenas porque falta-nos obstinação para concretizá-las, damos-lhes o nome de desafios, que justificam a tibieza da nossa coragem... Virar a página da agenda é mais ameno, não compete com noites insones...
No tilintar das taças, os nossos sorrisos conterão todas as euforias convencionalmente programadas, e os fogos não dirão que é mentira... Estarão lá para confirmar alegrias
confraternizadas em comemorações, até nos darmos conta de que mesmo eles, após dilacerarem o céu tantas vezes com suas luzes fantásticas, caem sobre o mar, aflito para apagar ilusões encomendadas. Todavia, a frase calada, o gesto adiado, por um tempo que não sabemos dimensionar, podem durar apenas um segundo, basta que nós, que tão bem nos conhecemos, os transformemos e façamos valer a pena...
Vive-se pulando etapas, pois são tantas metas para atingir. Daí, a urgência mascara a apoteose alcançada, porque a plenitude reside na serenidade.
Catalogam-se aspirações, que não comportam no exíguo espaço do ser que tem pressa... No céu, mãos mágicas esculpem nuvens em esculturas fugazes, irrepetíveis e irreproduzidas, que os observadores sensíveis de um tempo, que já vai bem distante, já não podem admirar, sugados que foram pela correria do dia a dia. O mar, cúmplice nessa habilidade em extasiar visões, nesse contexto de arte natural, joga e recolhe suas águas, numa pintura infinita que se move e, assim, como as nuvens, é cada dia mais ignorado pelos que correm... Em nome de uma pressa incompreensível, desdenha-se a arte da natureza que nos cobre e nos cerca... Contabilizar o que se empenhou é tão fugidio como observar um caleidoscópio; tudo se mistura na sensação doída de quem não segurou a essência preestabelecida.
Doze meses se passaram e outros tantos já estão ao alcance da nossa teimosia em adiar possibilidades. E apenas porque falta-nos obstinação para concretizá-las, damos-lhes o nome de desafios, que justificam a tibieza da nossa coragem... Virar a página da agenda é mais ameno, não compete com noites insones...
No tilintar das taças, os nossos sorrisos conterão todas as euforias convencionalmente programadas, e os fogos não dirão que é mentira... Estarão lá para confirmar alegrias
confraternizadas em comemorações, até nos darmos conta de que mesmo eles, após dilacerarem o céu tantas vezes com suas luzes fantásticas, caem sobre o mar, aflito para apagar ilusões encomendadas. Todavia, a frase calada, o gesto adiado, por um tempo que não sabemos dimensionar, podem durar apenas um segundo, basta que nós, que tão bem nos conhecemos, os transformemos e façamos valer a pena...
Com certeza, bons momentos sempre valerão a pena!
ResponderExcluirBasta então guarda-los no coração, porque outros virão... Muda-se o tempo, mudam-se comportamentos e pessoas, mas as chamas sempre se apagarão e acenderão de novo!
Ótimo Natal e Ano novo cheio de desejos e conquistas...
Núbia Cardoso.
Obrigada pela sua visita ao meu blog e pelos comentários postados.
ResponderExcluirTambém lhe desejo um Natal de paz, e que o seu 2012 seja de concretizações e de renovadas alegrias.
Solange Medina